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Fundo da SPX se recupera de queda e supera concorrentes brasileiros

Um ano após registrar sua primeira perda anual, Rogério Xavier conseguiu se recuperar em 2024.


Um ano após registrar sua primeira perda anual, Rogério Xavier conseguiu se recuperar em 2024. O gestor de 58 anos, um dos fundadores da SPX Capital, viu o fundo SPX Raptor — uma versão mais agressiva de sua oferta principal, o Nimitz — superar 96% dos concorrentes acompanhados pela Bloomberg no ano passado.

O fundo subiu 22% após taxas, o que é o dobro do avanço da taxa de referência da indústria e quase quatro vezes os ganhos de um grupo de hedge funds locais.

O livro de moedas, que incluiu posições em um dólar americano mais forte, foi o maior contribuinte positivo para o desempenho em 2024, de acordo com fontes familiarizadas com o assunto.

O fundo também lucrou com posições em taxas de juros e ações, disseram as fontes, que pediram para não serem identificadas porque a informação não é pública.

A carta mais recente do fundo para os investidores, vista pela Bloomberg, afirma que está mantendo posições em futuros de taxas de juros em alta no Brasil e é pessimista em relação às ações locais, enquanto se posiciona para a valorização do dólar contra um grupo de moedas.

O fundo SPX Global Eagle, sua oferta para clientes offshore, subiu 14,3% em dólares americanos no ano passado, líquido de taxas, disseram as fontes.

É uma reviravolta para Xavier, um dos nomes mais conhecidos na indústria de hedge funds brasileira. O investidor veterano pediu desculpas aos clientes em 2023 depois de apostas equivocadas no Brasil erodirem os retornos, alimentando o primeiro ano negativo do fundo desde sua criação em 2010.

Na época, o gestor de fundos baseado em Londres disse que não via problemas com o modelo de negócios da SPX ou sua estratégia de expansão global, mas reconheceu um desempenho "decepcionante" e afirmou que a empresa falhou em "separar o ruído" no cenário político local.

A SPX Capital, que administra R$ 62 bilhões, foi criada no Rio de Janeiro por Xavier, Daniel Schneider e Bruno Pandolfi. Nos últimos anos, o fundo tem contratado gerentes de portfólio seniores em lugares como Cingapura e os EUA.

Os dados sobre hedge funds brasileiros monitorados pela Bloomberg incluem apenas os chamados fundos multimercados com mais de R$ 500 milhões em ativos e excluem aqueles com menos de 100 acionistas. Também são removidos fundos com correlação superior a 0,97 com ouro, dólar americano e índices de ações.

© 2025 Bloomberg L.P.

SIte da InfoMoney

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