O Ibovespa encerrou fevereiro com queda de 2,6% em reais e 3,5% em dólares, refletindo os resultados abaixo do esperado da temporada de balanços do quarto trimestre de 2024.
O Ibovespa encerrou fevereiro com queda de 2,6% em reais e 3,5% em dólares, refletindo os resultados abaixo do esperado da temporada de balanços do quarto trimestre de 2024. A conjuntura política segue no radar dos investidores, enquanto a forte geração de empregos em janeiro pressionou a curva de juros.
Diante desse cenário, estrategistas mantêm uma postura cautelosa para a Bolsa brasileira, com atenção especial ao posicionamento de investidores institucionais e ao aumento do short interest no mercado.
Entretanto, o estrategista-chefe da XP, Fernando Ferreira, pontuou um tom mais otimista dos investidores estrangeiros em relação ao Brasil, após reuniões nos Estados Unidos.
Segundo ele, a atratividade do valuation, fundamentos microeconômicos sólidos e a expectativa por um catalisador em 2026 sustentam o interesse pelos ativos brasileiros. No entanto, a volatilidade dos preços e os riscos fiscais seguem como pontos de atenção.
A XP recomenda posições compradas em setores com forte exposição ao governo e benefícios da queda da curva de juros, além de setores defensivos e exportadoras, visando proteção contra riscos eleitorais e fiscais.
A estimativa de valor justo para o Ibovespa ao final de 2025 segue em 145 mil pontos, refletindo um cenário base de crescimento moderado e incertezas políticas.
Entre as ações preferidas pelos investidores estrangeiros na América Latina, Mercado Libre e Nubank mantêm posições de destaque, embora alguns investidores tenham reduzido exposição ao banco digital após a divulgação dos balanços.
No Brasil, Petrobras, Itaú, BTG, XP, Sabesp, WEG, Embraer e Localiza figuram entre os nomes mais citados, enquanto o interesse por construtoras como Cyrela e Cury tem crescido.
A XP decidiu manter inalteradas as alocações de ativos para março, reforçando a sobrealocação em renda fixa local pós-fixada e ativos atrelados à inflação, além de seguir construtiva com investimentos alternativos que apresentam baixa correlação com classes tradicionais.
Nos Estados Unidos, o crescimento do lucro por ação (LPA) do S&P 500 no quarto trimestre de 2024 atingiu 17,9%, superando as expectativas iniciais de 11,1%. Contudo, o tom de cautela das empresas aumentou, refletindo preocupações com tarifas e a apreciação do dólar. Isso levou a uma revisão para baixo das projeções de lucro por ação para o primeiro trimestre de 2025, reduzindo a previsão anual de crescimento.
O governo anunciou medidas para conter a inflação de alimentos, incluindo a redução de tributos. No entanto, a isenção do ICMS sobre a cesta básica ainda está em discussão. Segundo analistas, o impacto sobre o setor varejista deve ser limitado, enquanto a amplificação da cota de importação isenta de óleo de palma pode beneficiar empresas como a Natura.
A Natura (NTCO3) segue como uma das principais apostas da XP. A companhia está em fase avançada de simplificação corporativa e implementação da “Onda 2”, um movimento que pode atrair maior interesse do mercado. A XP publicou um relatório atualizado com projeções para a empresa, mantendo recomendação e preço-alvo inalterados.
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