O desenho político da pré-campanha em Nossa Senhora do Socorro já está ficando bem delineado para os eleitores, após as adesões, traições e declarações. O governador de Sergipe, Fábio Mitidieri (PSD-SE) tem compromisso com o padre Inaldo e vai apoiar Carminha. O ex-deputado André Moura (UB-SE) aposta suas fichas no pastor Samuel Carvalho, que reatou os laços com o ex-prefeito, Fábio Henrique. E a Dra. Clécia, (PL-SE) está arregimentando forças para conquistar o eleitorado que desaprova a atual gestão e que não quer, de jeito nenhum, nem o padre, nem o pastor.
Na semana retrasada o pastor Samuel lançou uma jogada de "buscar" os vereadores e lideranças que estavam do lado do prefeito de Nossa Senhora do Socorro e mudaram de grupo. O deputado estadual do Cidadania, nessa brincadeira de "vamos buscar mais um", deu um mal exemplo, ao cometer improbidade administrativa. Samuel usou o JEEP (Compass), locado pela Alese, à disposição do seu gabinete parlamentar, para ato de pré-campanha, ao pegar os novos aliados, em suas casas, e levá-los até às emissoras de rádio, num teatro de puro mau gosto.
Samuel comemorou muito a adesão de novos aliados, gente que passou 7 anos "mamando nas tetas" da Prefeitura de Socorro e pulou a cerca, pensando em se reeleger vereador no dia 6 de outubro. No primeiro momento, o pastor deu um nó tático no padre e arrebatou muitos fiéis, visando aumentar seu rebanho. A adesão cessou na janela partidária e a empolgação deu lugar a uma outra realidade. O padre segurou os partidos dos infiéis e praticamente inviabilizou as suas candidaturas à Câmara de Socorro.
As revelações do governador Fábio numa emissora de rádio, hoje de manhã, provam que Samuel Carvalho não está tão forte politicamente como se anuncia nos 4 costados de Socorro. Por outro lado, o prefeito Inaldo Luís da Silva amarga a rejeição do eleitorado com o seu projeto de 3º. mandato consecutivo, desta feita, através de Carminha. Certamente que a pré-candidata da situação está inelegível nas eleições municipais, pelo fato dela ser a mulher do padre. Isso é inconteste.
O diagnóstico do quadro político do prefeito padre Inaldo, após a indicação de um(a) candidato(a) do seu agrupamento na convenção partidária, é de "falência múltipla de popularidade". Alta rejeição pelo fracasso administrativo e falta de articulação política com os aliados. O prefeito não terá sucesso com Carminha, mesmo que ela pudesse disputar as eleições, muito menos com Renato Nogueira ou Viviane Sobral.
Já o deputado Samuel Carvalho está configurado como um pré-candidato "sandália havaiana". Não desbota, não solta as tiras e não tem cheiro. Dificilmente alguém, que ama Socorro, vai querer eleger o pastor ao cargo de prefeito do município. Vide Rachadinha. O desgaste de Samuel, após a coligação com Fábio Henrique e o ex-deputado André Moura, o coloca na contramão da maioria do eleitor que deseja mudanças.
Após o fechamento da janela partidária, cada uma liderança política celebrou sua conquista. O padre ficou com a maioria dos partidos políticos, o pastor ficou com os vereadores infiéis que pularam do barco de Inaldo e foram para o Jeep de Samuel. Acontece que nenhum dos dois, nem o padre, nem o pastor, ficou com a maioria do eleitorado de Nossa Senhora do Socorro.
Partido tem peso político, mas não tem voto. O vereador que saiu do agrupamento de Inaldo e foi para o lado de Samuel Carvalho, tem apenas um voto. É aí que começa a surgir a diferença entre os dois grupos. Eis que tem uma pré-candidata de um partido forte, o PL, o maior do Brasil, que é uma mulher de mãos limpas, que vem crescendo a cada pesquisa.
Para saber como a política está fluindo em Socorro deve-se fazer a seguinte reflexão. O padre ficou com os partidos, o pastor ficou com os vereadores e Dra. Clécia vai caminhar com o povo livre e independente de Nossa Senhora do Socorro. O resultado das eleições? Só às 18h do dia 6 de outubro.
