Nova York (Reuters) – Os advogados de Donald Trump pediram que o juiz que comandou o julgamento do ex-presidente norte-americano suspenda a ordem de silêncio, agora que ele foi condenado por acusações decorrentes de suborno pago a uma estrela pornô, argumentando que os seus adversários estão usando as restrições às falas de Trump como uma “arma política”.
Em um documento judicial desta semana, os advogados de defesa Todd Blanche e Emil Bove mencionaram que a campanha do presidente democrata, Joe Biden, fez referência a Trump, o candidato republicano, como um "criminoso condenado" em um comunicado de 30 de maio.
Eles afirmaram que a ordem pode limitar a capacidade de Trump de responder aos ataques de Biden durante o debate presidencial marcado para 27 de junho.
"Os adversários e oponentes do presidente Trump estão usando a ordem de silêncio como uma arma política para atacar o presidente Trump com referências a este caso, sob a compreensão de que sua capacidade de apresentar uma resposta detalhada está severamente restringida", escreveram Bove e Blanche.
Em 30 de maio, um júri de Manhattan considerou Trump, de 77 anos, culpado em 34 acusações de falsificar registros comerciais para acobertar o pagamento que seu ex-advogado Michael Cohen realizou à atriz pornô Stormy Daniels, antes da eleição de 2016, pelo seu silêncio sobre um encontro sexual que, segundo ela, eles tiveram dez anos antes.
Foi o primeiro julgamento criminal da história de um ex-presidente dos EUA, do passado ou do presente.
Trump nega ter feito sexo com Daniels e prometeu recorrer do veredito após a audiência de sentença em 11 de julho.
Antes do julgamento começar em abril, o juiz Juan Merchan restringiu as declarações públicas de Trump sobre jurados, testemunhas e outras pessoas envolvidas no caso.
Os promotores argumentaram que o histórico de Trump de realizar declarações ameaçadoras mostrava que ele poderia interferir com os procedimentos do caso, a menos que o juiz fizesse alguma coisa.
A ordem não limita os comentários de Trump sobre o caso no geral.
SIte da InfoMoney