Nill Marcondes, um dos mais versáteis e talentosos atores do Brasil, comemora 35 anos de uma carreira repleta de personagens marcantes, performances emocionantes e uma contribuição inegável para o cenário cultural brasileiro.
Em entrevista ao Metrópoles, o ator compartilhou reflexões sobre a evolução do mercado de cinema e streaming, os desafios e prazeres de seus papéis mais recentes, e a importância de projetos culturais como o Fest Cimm em Diadema, do qual é organizador.
O ator, que veio de outra geração, observa com entusiasmo as mudanças no mercado de cinema e streaming no Brasil ao longo das últimas décadas. “Uma evolução incrível e maravilhosa! Em termos de equipamentos e oportunidades, melhorou muito. Só é uma pena que o cachê não acompanhou essa evolução,” lamentou.
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Em um de seus pais recentes papéis, Nill, que já passou por grandes emissoras como Globo e Record, interpretou Ricardo, pai das protagonistas da série Biônicos, da Netflix. Segundo o ator, ele estava esperando um papel como este “há muito tempo”.
3 imagens“Na verdade, estava e estou há tanto tempo esperando por personagens assim que não foi nenhum desafio,” comentou.
Para ele, o diferencial da produção é claro: “A família negra como protagonista.” Para Nill, o enfoque não apenas traz representatividade, mas também contribui para a diversidade das narrativas no streaming.
Um legado de diversidade e representatividade
Quando o assundo representatividade, Nill lembra um dos momentos mais emblemáticos de sua carreira: interpretar Jesus Cristo na Paixão de Cristo em Alagoinha.
“Eu penso que fazer Jesus é um marco na carreira de qualquer ator. E no meu caso, sendo negro, traz uma discussão muito saudável sobre a real origem de Jesus,” reflete. A experiência foi profundamente emocionante para ele, tanto profissional quanto pessoalmente, e gerou uma resposta comovente do público. “Vi crianças negras e senhoras chorando pela representatividade,” lembrou.
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Ao celebrar 35 anos de carreira, Nill Marcondes não apenas reflete sobre suas conquistas, mas também sobre o impacto duradouro de seu trabalho na cultura brasileira. Atualmente, ele empresta a expertise nas artes ao Fest Cimm em Diadema, do qual é organizador. Nill destaca que considera o evento vital para a luta contra o racismo estrutural no cinema.
“O Fest Cimm é um festival organizado por um coletivo de pessoas que amam e respiram arte e cultura. São profissionais apaixonados pelo cinema, que resolveram levar o cinema e oficinas criativas para todos e descobrir novos talentos através do festival”, explica.
Metrópoles