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Juiz brasileiro do judô em Paris analisa polêmicas nas Olimpíadas

Pela primeira vez no Brasil, um árbitro de tatame no judô faz o movimento de se tornar supervisor de arbitragem.

Por Em Sergipe

30/09/2024 às 02:10:55 - Atualizado há
Foto: Metrópoles

Pela primeira vez no Brasil, um árbitro de tatame no judô faz o movimento de se tornar supervisor de arbitragem. André Mariano está no VAR das lutas, cuja principal tarefa é avaliar lances de lutas com o auxílio do vídeo, desde o início de setembro deste ano.

"Passei muitos anos no tatame, e sei o quanto é difícil manter a calma. O estresse é muito grande, e os árbitros no tatame estão focados nas lutas. É importante que eles não sejam ‘caçadores de punições’, mas sim que apliquem as regras corretamente. As penalidades são uma parte fundamental do jogo" afirma Mariano em entrevista ao Metrópoles.

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Mariano esteve nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, mas ainda como árbitro de tatame. Ele concorda que, no evento, houve uma intervenção exacerbada do VAR nas lutas. Segundo o juiz, eles perceberam alguns erros, mas a decisão final é dos superiores.

"Um exemplo foi o caso da Rafaela Silva. O juiz deveria ter iniciado a contagem pela técnica dela, mas não o fez. Na época, eu ainda não era supervisor, era apenas minha opinião. Talvez, como supervisor, eu tivesse uma visão diferente, já que isso requer um estudo profundo do judô", afirma Mariano.

A arbitragem deixou de abrir a contagem e Rafaela sofreu um contragolpe que a levou para a disputa do bronze do individual na categoria até 57kg. Ela recebeu uma punição por falta de competitividade na prorrogação da disputa pelo terceiro lugar, o que tirou a chance de pódio da brasileira.

Mariano já realizou sua estreia no VAR do judô durante o Grand Prix de Zagreb, na Croácia. Ele conta que teve boa performance e a atribui por antes ter sido juiz no tatame. A maioria dos supervisores de vídeo não chegou a monitorar uma luta de perto no tatame.

"Sempre quis entender melhor essas situações e, enquanto ainda era árbitro de tatame, comecei a estudar para atuar como supervisor. Minha jornada até aqui contou com o apoio da minha federação local, do sensei Luiz Gonzaga Filho, e da Federação Internacional de Judô. Agradeço também a Silvio Acácio Borges e Edson Minakawa por todo o suporte", diz Mariano.

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