A Verde Asset Management, gestora de recursos brasileira liderada pelo veterano do setor Luis Stuhlberger, está entre as instituições que estão aproveitando a alta do Bitcoin, impulsionada pelo retorno do presidente eleito Donald Trump à Casa Branca.
Um dos fundos multimercados mais renomados do Brasil, a Verde construiu uma pequena posição em Bitcoin antes da votação de 5 de novembro, além de ter aumentado uma aposta contra o yuan chinês, conforme informado em uma nota aos clientes na segunda-feira (11). O tamanho exato das posições da empresa não foi divulgado.
O Bitcoin disparou para acima de US$ 87 mil pela primeira vez nesta segunda-feira, à medida que os investidores continuam a comprar a criptomoeda, motivados pela defesa dos ativos digitais por Trump durante sua campanha e pela perspectiva de um Congresso com legisladores favoráveis às criptomoedas. Desde a votação da semana passada, o Bitcoin subiu mais de 25%, enquanto o yuan desvalorizou-se quase 2%.
No Brasil, seu mercado doméstico, a Verde destacou que o governo "sistematicamente prometeu mais do que é capaz de entregar" em termos de reformas fiscais. As pressões inflacionárias também devem levar os formuladores de políticas a acelerar os aumentos nas taxas de juros, afirmou o fundo.
A Verde está neutra em relação às ações brasileiras e reduziu sua aposta na alta dos preços do petróleo. A gestora permanece otimista quanto à rupia indiana e pessimista em relação ao euro.
O principal fundo da empresa caiu 0,18% após taxas em outubro, de acordo com dados compilados pela Bloomberg, em comparação com um ganho de 0,93% do CDI no mesmo período e um avanço de 0,29% de uma cesta de fundos hedge locais. No acumulado do ano, está superando o Índice de Fundos Multimercados da Anbima em mais de dois pontos percentuais.
Atualmente, a Verde Asset Management administra cerca de R$ 19 bilhões, uma queda em relação aos R$ 20 bilhões de um mês atrás.
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