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Minhas Finanças

22% dos empregos devem sumir até 2030, diz estudo do Fórum Econômico Mundial

Avanços tecnológicos, incertezas econômicas e geopolíticas, alterações demográficas e a transição verde.


Avanços tecnológicos, incertezas econômicas e geopolíticas, alterações demográficas e a transição verde. Estes são alguns dos principais fatores que irão transformar o mercado de trabalho global até 2030, de acordo com o novo relatório do Fórum Econômico Mundial. Entre as previsões da pesquisa "Future of Jobs Report 2025" a que chama mais atenção é de que todas essas transformações estruturais irão destruir pelo menos 22% dos empregos que existem hoje entre 2025 a 2030.

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Por outro lado, as mudanças irão implicar na criação de outros 14% em empregos, totalizando 170 milhões de empregos. Espera-se que esse crescimento seja compensado pelo deslocamento do equivalente a 8% (ou 92 milhões) dos empregos atuais, resultando em um crescimento líquido de 7% do emprego total, ou 78 milhões de empregos.

O relatório do Fórum Econômico Mundial reuniu a experiência de mais de mil empresas globais, que respondem por 14 milhões de empregos em 22 grupos industriais e 55 economias de todo o mundo.

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O objetivo foi examinar como as macrotendências impactam empregos e habilidades, e quais serão as estratégias de transformação da força de trabalho que esses empregadores irão embarcar para responder a tudo isso ao longo do período de 2025 a 2030.

Mundo mais digital

A ampliação do acesso digital deve ser a tendência mais transformadora, com 60% dos empregadores esperando que ela transforme seus negócios até 2030. Cerca de 86% acreditam que os maiores avanços virão de tecnologias como a Inteligência Artificial e o processamento de informações. Já para 58% a robótica e a automação também serão decisivas. Mas 41% também aposta na geração, armazenamento e distribuição de energia para suportar todos essas mudanças.

Tudo isso deve ter um efeito importante na geração de novos empregos, impulsionando algumas funções e colocando em declínio tantas outras. Mas uma coisa é certa, segundo os empregadores, haverá muita demanda por habilidades relacionadas à tecnologia, incluindo IA e big data, redes, segurança cibernética, bem como alfabetização tecnológica.

Assim como nos últimos anos, a área de tecnologia deve continuar entre os maiores destaques, segundo Rafael Ricarte, diretor da área de career da consultoria internacional Mercer. Segundo ele, tudo relacionado à tecnologia continua forte, até porque há um desequilíbrio entre o número de profissionais formados e a demanda do mercado. "Tem áreas como cyber security que deve crescer muito nos próximos anos, assim como transformação digital", afirma.

Para o executivo, mesmo que a pandemia tenha acelerado a transformação digital, no Brasil ainda existem muitas empresas que não são nativas digitais e vão precisar se digitalizar. "O Nubank, por exemplo, é uma empresa nativa digital e trabalha com a mentalidade do digital first. Já um Itaú ou Bradesco, por exemplo, estão se digitalizando, e apesar do sistema financeiro ser um dos mais adiantados nisso, eles não tem o pensamento do digital em primeiro lugar, o que vai exigir mais gente especializada".

Mudanças climáticas

Outras grandes preocupações das empresas, que deve se refletir no mercado de trabalho, são a desaceleração econômica e as mudanças climáticas. A transição verde é vista como prioridade por mais de 40% dos empregadores. Isso já está impulsionando a demanda por funções como engenheiros de energia renovável, engenheiros ambientais e especialistas em veículos elétricos e autônomos, listados entre os 15 empregos de crescimento mais rápido.

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Espera-se também que as tendências climáticas impulsionem um foco maior na administração ambiental, que entrou na lista das 10 principais habilidades de crescimento mais rápido do "Future of Jobs Report" pela primeira vez.

Mudanças demográficas

Duas mudanças demográficas são vistas como determinante para a transformação dos mercados de trabalho globais. O envelhecimento e o declínio da população em idade ativa nas economias mais ricas e o aumento da população em idade ativa nas economias de renda mais baixa. Essa tendência deve impulsionar o aumento da demanda por habilidades em gestão de talentos, ensino e mentoria, motivação e autoconsciência.

Populações envelhecidas também devem impulsionar o crescimento em empregos na área da saúde, como profissionais de enfermagem, enquanto o crescimento da população em idade ativa alimenta o crescimento em profissões relacionadas à educação, como professores de ensino superior.

Para o coordenador do MBA e professor de gestão de Negócios do Ibmec-RJ, Luiz Barbieri, as profissões demandadas refletem muito as mudanças aceleradas em todo o mundo nos últimos anos. "Enquanto no início da década a ênfase era para profissões ligadas à sobrevivência e adaptação, o mercado atual busca profissionais capazes de lidar com a complexidade de um mundo cada vez mais interconectado e consciente das  responsabilidades ambientais e sociais. A transição marca esse amadurecimento nas prioridades globais e abre oportunidades para quem estiver atento", explica.

Tensões geopolíticas

Espera-se que a fragmentação geoeconômica e as tensões geopolíticas impulsionem a transformação do modelo de negócios em um terço das organizações pesquisadas nos próximos cinco anos.

Para cerca de 23% dos empregadores globais, haverá maiores restrições ao comércio e investimento, bem como subsídios e políticas industriais que influenciarão suas operações. Quase todas as economias para as quais os entrevistados esperam que essas tendências sejam mais transformadoras têm comércio significativo com os Estados Unidos e/ou China.

Essas tendências estão impulsionando a demanda por funções de trabalho relacionadas à segurança e aumentando a demanda por habilidades de rede e segurança cibernética. Elas também estão aumentando a demanda por outras habilidades centradas no ser humano, como resiliência, flexibilidade e agilidade, liderança e influência social.

Veja quais são as carreiras em alta até 2030

1 – Especialistas em Big Data.

2- Engenheiros de Fintech.

3- Especialistas em IA e Machine Learning.

4- Desenvolvedores de Software e Aplicações.

5 – Especialistas em Gestão de Segurança.

6 – Especialistas em Armazenamento de dados

7 – Especialista em veículos elétricos e autônomos

8 – Designers de Interface e Experiência do Usuário

9 – Especialistas em Internet das Coisas (IoT)

10 – Motoristas de serviços de entrega

11- Analista e cientista de dados

12 – Engenheiros ambientais

13 – Analistas de segurança da informação

14 – Engenheiro de devOps (profissional responsável por integração entre equipes de desenvolvimento e de operações)

15 – Engenheiro de energia renovável

Veja quais são as carreiras em baixa até 2030

1 – Funcionários de serviços postais

2 – Caixas de banco e funcionários relacionados

3 – funcionários de entrada de dados

5 – Caixas e balconistas

6 – Assistentes administrativos e secretários executivos

7 – Trabalhadores de impressão e comércios relacionados

8 – Contabilidade, escrituração e folha de pagamento

9 – Funcionários de registro de materiais e manutenção de estoque

10 – Atendentes e condutores de transporte

11 – Vendedores porta a porta, vendedores de jornais e de rua e trabalhadores relacionados

12 – Designers gráficos

13 – Ajustadores de sinistros, examinadores e investigadores

14 – Funcionários e secretárias legais

15 – Operadores de telemarketing

SIte da InfoMoney

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