A semana será marcada com as muito esperadas decisões de juros nos Estados Unidos, no Brasil e também na Europa. Nas últimas semanas, o tema ganhou novos contornos com a posse de Donald Trump como presidente dos EUA.
Trump afirmou, em meio a muitas declarações polêmicas na semana, que exigirá que os juros sejam reduzidos após a esperada queda de preços nos combustíveis no país. A ideia do mandatário é reduzir a inflação através da queda do preços do petróleo e derivados. Para tanto, Trump pretende atuar tanto no cenário internacional, com conversas com Arábia Saudita e OPEP, quanto na produção doméstica, ampliando a extração.
Ainda assim, grande parte das projeções indicam que as taxas por lá ficarão inalteradas pelo menos até junho, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group. As apostas a data do início de cortes têm se mantido estáveis nas últimas semanas.
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No cenário doméstico, a expectativa de analistas é pela alta de juros em um ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na quarta-feira. A decisão esperada pelo mercado é que a Selic seja elevada a 13,75% a.a.
Mais uma vez, a comunicação que acompanha a decisão é que atrairá as atenções porque indicará se o Banco Central continuará sua trajetória altista ou se aguardará mais dados nas próximas reuniões.
Dentre os números que são acompanhados de perto para a formação da política monetária estão indicadores do mercado de trabalho. Nesta semana, na quinta-feira, o mercado deve conhecer os dados de geração de emprego formal, divulgados na pesquisa do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).
Os números do mercado de trabalho serão complementados com a taxa de desemprego, apresentada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. A semana agitada será fechada, no Brasil, com o resultado nominal do setor público consolidado e a divulgação da relação entre dívida líquida/PIB.
A agenda doméstica também contará, sem data definida, com a divulgação do resultado primário do governo central e a arrecadação federal.
Nos EUA, o Núcleo do PCE e o Deflator das Despesas com Consumo Pessoal (PCE), também chamado de deflator do PCE será apresentado na quinta e na sexta-feira. A expectativa é de ligeira alta mensal (0,3% ante 0,1% anterior) e anual (2,5% contra 2,4% anteriores) no deflator.
Já a Zona do Euro divulgará seu PIB na quinta-feira. Projeções indicam ligeira alta anual, mas queda na comparação trimestral, de 0,4% para 0,1%. Além disso, o Banco Central Europeu também apresentará sua decisão de política monetária no mesmo dia, com estimativa de queda para 2,75% na taxa de juros, dos 3% atuais.
Confira o calendário:
Domingo – 26 de janeiro | ||
22h30 | China | Lucros industriais |
22h30 | China | PMI Composto |
22h30 | China | PMI Industrial |
22h30 | China | PMI Não-industrial |
2ª – 27 de janeiro | ||
5h | Brasil | FIPE: IPC |
8h25 | Brasil | Relatório Focus |
8h | Brasil | Confiança do consumidor |
8h30 | Brasil | Taxa de inadimplência |
8h30 | Brasil | Saldo de crédito |
15h | Brasil | Balança comercial |
3ª – 28 de janeiro | ||
10h30 | EUA | Encomenda de bens duráveis |
12h | EUA | Confiança do consumidor |
4ª – 29 de janeiro | ||
10h30 | EUA | Balança comercial |
10h30 | EUA | Estoques no atacado |
16h | EUA | Decisão de política monetária |
18h30 | Brasil | Decisão de política monetária |
5ª – 30 de janeiro | ||
7h | Zona do Euro | PIB |
8h | Brasil | IGP-M |
10h30 | EUA | Auxílio desemprego |
10h15 | Zona do Euro | Decisão de política monetária |
10h30 | EUA | PIB |
10h30 | EUA | PCE |
14h | Brasil | Caged |
6ª – 31 de janeiro | ||
9h | Brasil | PNAD |
9h | Brasil | IPCA-15 |
10h30 | EUA | Deflator do PCE |
Sem data definida | ||
— | Brasil | Receita Federal: Arrecadação de impostos e contribuições (dez) |
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