Em meio à expectativa por uma reforma ministerial, integrantes do PDT pretendem levar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) uma demanda por mais espaço no governo.
Em meio à expectativa por uma reforma ministerial, integrantes do PDT pretendem levar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) uma demanda por mais espaço no governo.
A bancada do partido no Congresso Nacional e o presidente licenciado da sigla, Carlos Lupi, devem se reunir nesta quarta-feira (12) em um jantar com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, para tratar do assunto.
Procurada pela CNN, a Casa Civil não confirmou o encontro. O partido também quer fazer o apelo chegar ao ministro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais, que deve se reunir com líderes da base do governo nesta manhã.
O entendimento do PDT é que o governo deveria priorizar quem está entregando votos no Congresso.
A avaliação é de que há siglas com mais representação no governo e que não entregam a mesma proporção de apoio.
Atualmente, o PDT tem apenas o comando da Previdência Social, chefiada do por Lupi. Apesar de filiado ao partido, o ministro Waldez Góes, da Integração e do Desenvolvimento Regional, foi uma indicação que conta na cota do União Brasil. O ex-governador chegou ao cargo por articulação de Davi Alcolumbre (União-AP), atual presidente do Senado.
Na Câmara, o PDT tem 18 deputados e, no Senado, três senadores. Sob reserva, integrantes do partido afirmam que não há demanda por uma pasta específica e que até um ministério tido como desprestigiado na Esplanada, como o da Pesca, poderia ajudar a responder ao pleito.
A Pesca, hoje, é cota da bancada do PSD na Câmara. O partido de Gilberto Kassab, no entanto, gostaria de ser melhor contemplado e cobra uma pasta mais robusta, a exemplo do cobiçado Ministério do Turismo.
O presidente Lula tem cogitado cenários para a reforma ministerial e até aqui os indicativos são de fazê-la de maneira fatiada. As trocas na Esplanada são analisadas por Lula ante o apelo de siglas do Centrão que cobram mais espaço em troca de apoio no Congresso.
As reivindicações, no entanto, agora também se estendem a siglas de esquerda. Além do PDT, o PSB também mira aumentar a participação no governo e descarta perder o espaço que já tem. Desde o início do governo, o PSB perdeu dois ministérios, o de Portos e Aeroportos e o da Justiça e Segurança Pública.
Agora, entre as trocas cogitadas, está o Ministério da Indústria e Comércio, chefiado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
A CNN apurou, no entanto, que a pasta é vista como "técnica" e por ora não deve passar por mudanças.
A sigla tem ainda o comando do Ministério do Empreendedorismo, mas integrantes da legenda avaliam que o partido pode contribuir mais com o Executivo.
As conversas sobre a reforma ministerial também miram arranjos para 2026. O PDT sinaliza que não deve desamparar Lula em uma eventual tentativa de reeleição.
O partido também conversa com outras legendas como o PSB, mas até aqui a sinalização é de rejeitar a ideia de compor uma federação com outras siglas.
A conversa, no entanto, entusiasma mais o PSB que o PDT e esbarra em uma barreira familiar que é vista, no momento, como um muro intransponível: a briga dos irmãos Ciro e Cid Gomes. Senador pelo Ceará, Cid trocou o PDT pelo PSB um ano atrás.
A possibilidade de uma fusão com outras siglas, a exemplo do Solidariedade, não é completamente descartada. O cálculo dependerá de projeções feitas para que o partido consiga cumprir a cláusula de barreira, que obriga os partidos a alcançar um determinado percentual de votos.
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