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Balanço da Azul é bom, mas dólar, petróleo e diluição da ação preocupam, diz analista

A companhia aérea Azul (AZUL4) registrou resultados operacionais positivos no quatro trimestre de 2024 (4T24), com Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 1,9 bilhão, recorde histórico e 33% mais alto na comparação anual.

Por Em Sergipe

25/02/2025 às 10:15:33 - Atualizado há

A companhia aérea Azul (AZUL4) registrou resultados operacionais positivos no quatro trimestre de 2024 (4T24), com Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 1,9 bilhão, recorde histórico e 33% mais alto na comparação anual.

Além disso, registrou lucro líquido ajustado de R$ 62,4 milhões no período, revertendo prejuízo ajustado de R$ 270,6 milhões de um ano atrás.

Matheus Sant'Anna, analista de transportes da XP, participou do programa Morning Call da XP e disse que mesmo com o bom resultado no 4T24 da Azul, a casa mantém recomendação neutra para a companhia aérea, conforme destacou em relatório. Ele apontou alguns motivos que sustentam a classificam neutra para a empresa.

Macro incerto

"O cenário macro está um pouco mais difícil, mais volátil", disse. Segundo o analista, isso pega na questão do custo para a empresa.

"O dólar teve uma subida bem forte, teve depois uma retraída, mas continua volátil. Então, é um ambiente mais difícil de precificação", avaliou. "Isso significa que a Azul precisa continuar subindo tarifa para fazer frente a isso", complementou.

Mas com um ambiente macroeconômico incerto, Matheus Sant'Anna acha muito difícil de a companhia aérea repassar preços ao consumidor. "Além disso, tem o preço de petróleo, que ela tem pouco controle", afirmou.

Tamanho da conversão

Ele citou ainda que a Azul está ainda fazendo um plano "muito forte" de renegociação de dívida e otimização dos passivos dela.

"Uma parte disso é que se está convertendo algumas dívidas para o equity. Isso é bom porque acaba diminuindo o que se está pagando de juros na posição de endividamento da empresa, mas por outro lado vai se ter uma diluição considerável na parte dos acionistas", disse.

"O principal ponto que deixa a gente um pouco mais reticente é que essa diluição ainda não está clarade quanto ela vai ser e qual o tamanho, já que ainda não fecharam o preço da dívida que vai ser convertida em ações", explicou.

"A gente vê um cenário incerto por conta de tudo isso", afirmou.

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