Os Estados Unidos confirmaram a aplicação de tarifas sobre importações de aço e alumínio, medida que entra em vigor à meia-noite de quarta-feira (12).
A decisão afeta exportadores globais, incluindo o Brasil, segundo maior fornecedor de aço e ferro para o mercado americano.
Apesar das expectativas de um possível adiamento após recentes negociações de alto nível entre autoridades brasileiras e americanas, a Casa Branca emitiu um comunicado reafirmando a implementação das tarifas. A medida abrange todos os países que exportam esses materiais para os Estados Unidos.
Impacto nas exportações brasileiras
Especialistas e exportadores acreditam que, apesar da nova tarifa, as exportações brasileiras não devem diminuir significativamente. A analista de economia da CNN, Thais Herédia, explica: “A exportação que o Brasil faz, especialmente de placas de laminados, é estratégica para a indústria americana. Não tem jeito, são eles que vêm buscar o aço aqui no Brasil”.
Essa natureza estratégica das exportações brasileiras sugere que, embora possa haver um “freio de arrumação” inicial, não se espera uma interrupção das vendas.
A demanda americana por produtos siderúrgicos brasileiros deve se manter, dada a importância desses insumos para a indústria dos EUA.
Consequências econômicas
Contrariando as declarações de Donald Trump, que afirmou que os países exportadores arcariam com os custos da tarifa, a realidade econômica aponta para um cenário diferente. Thais Herédia ressalta: “Não são os países exportadores que vão pagar a taxa, são os consumidores americanos”.
Essa discrepância entre a retórica política e os efeitos econômicos reais destaca a complexidade das relações comerciais internacionais e o potencial impacto nas cadeias de suprimentos globais.
A medida pode resultar em aumento de preços para consumidores e indústrias nos Estados Unidos, afetando diversos setores da economia americana.
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