Definições na base governista e o jogo por trás das câmeras

A primeira e equivocada definição ocorrida na base governista, foi a forma como o prefeito Edvaldo Nogueira quis empurrar uma candidatura para que os demais engolissem. Nogueira deveria ter deixado os partidos apresentarem seus posicionamentos para o pleito eleitoral, e dentre eles o PDT também apresentaria Luiz Roberto, e com a certeza de que teria o apoio do governador para sua indicação, ficaria à cavalheiro, tanto ele quanto o governador para se posicionarem posteriormente. Isso daria a Edvaldo e Fábio o tempo necessário para costurar apoios e desmontar obstáculos.

A segunda e também equivocada decisão, foi o governador ter abraçado a frágil estratégia de Nogueira, se amparando no discurso de "cumpridor de palavra", coisa de marketeiro, visto que em 2016, cooptado pela esperteza de Jackson Barreto, se utilizou do apoio dos Amorins ao candidato Valadares Filho, para desfazer o compromisso já firmado, ou seja, para descumprir a palavra dada. Ninguém deixa de apoiar uma candidatura, porque ela ampliou sua base de apoio, isso é conversa pra ninar bovino.

A terceira definição, está sendo a irreversibilidade dos projetos eleitorais do PDT e do União Brasil, o que automaticamente vai obrigar o agrupamento a ter no mínimo duas candidaturas. E segundo alguns analistas, como 5 (cinco) partidos apresentaram pré-candidaturas, ao assumir a paternidade do candidato do PDT, Mitidieri perdeu a condição de coordenador do agrupamento na escolha do nome a ser apoiado pela base governista. Como encontrar um nome que agregue a base governista se o governador já tem um candidato definido?

A quarta definição, é a evidência de que Mitidieri não apoiará o nome de Katarina Feitoza e Katarina Feitoza não apoiará o candidato já assumido pelo Mitidieri. E isso não significa que Feitoza tenha nada contra Luiz Roberto, mas parece ser uma reação natural pela forma como ele está sendo descartada dentro da própria sigla.

Katarina poderia até enfrentar dificuldade para ser a candidata do agrupamento governista, mas o lançamento do nome dela, está servindo para mostrar o equívoco cometido pelo governador ao assumir antecipadamente uma candidatura, apenas por compromisso pessoal. Isso se assemelha ao cara que te convida para uma festa e diz você pode ir com a roupa que bem desejar, mas a camisa deve ser azul e o sapato de cromo alemão.

A quinta e última definição, foi a declaração do pré-candidato do PDT, Luiz Roberto afirmou que pretende ter como vice uma mulher, isso automaticamente deixa de lado uma composição de chapa com o PP, que tem o nome de Fabiano Oliveira colocado no cenário da escolha.

O problema é que essa declaração pode ser apenas uma forma de não fortalecer o projeto eleitoral do senador Laércio Oliveira. Mas, pode também ser fruto do que Edvaldo pode estar articulando por trás das câmeras.

Se o governador descarta Katarina e o candidato do PDT que recebe orientação política do prefeito descarta Fabiano Oliveira, a coisa passa a ficar cada dia mais complicada.