Nesta quinta-feira (23), deputados do NOVO enviaram à Câmara Federal um pedido de convocação do ministro da Justiça do governo Lula (PT), Ricardo Lewandowski, para esclarecer as reuniões do ministério com uma ONG ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
Foto: o pedido foi redigido pela deputada federal Adriana Ventura (NOVO-SP) e pelo deputado Marcel van Hattem (NOVO-RS) (créditos: ).
Marcel relembrou que, desde as eleições de 2022, ele e outros políticos apontavam para a relação do PT com o crime organizado, sofrendo até mesmo censura por esses comentários.
Ele também destacou que esse tipo de interação com facções criminosas pode levar o Brasil a se tornar um narcoestado.
"Agora, com o Ministério da Justiça abrindo suas portas para representantes ligados ao PCC, assim como já havia feito com o Comando Vermelho, nossos alertas se confirmam de forma clara e inegável. Exigimos respostas imediatas do governo", ressaltou.
O requerimento destaca que a ONG em questão, identificada como “Pacto Social e Carcerário de SP”, teria participado de discussões com dirigentes do Ministério, inclusive eventos públicos como uma audiência no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Segundo investigações, a ONG seria fachada para atividades do PCC, uma das principais facções criminosas do país, com diversos dirigentes encarcerados em presídios federais. Adriana também repudiou a interlocução do governo federal com as facções.
"É inadmissível que o ministério responsável pela segurança pública receba representantes de organizações ligadas ao crime organizado, especialmente quando há investigações e provas que apontam para essa relação direta”, afirmou.
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Representante de ONG ligada ao PCC é presa depois de reuniões com ministério do governo Lula
O caso ganhou maior repercussão após ser revelado que o Ministério da Justiça teria arcado com despesas de viagem da presidente da ONG, Luciene Neves, que posteriormente foi presa por envolvimento com o crime organizado.
O ministério já havia enfrentado críticas em 2023, após a recepção da dirigente de uma ONG ligada ao Comando Vermelho (CV) do Amazonas, Luciane Barbosa Farias, a "Dama do Tráfico".
Tempos depois, Luciane foi condenada a dez anos de prisão por associação para o tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Desde então, o Ministério declarou que realizaria mudanças para evitar situações similares.
O requerimento aponta que “se, de fato, as regras foram alteradas e agora o ministro recebe faccionados do PCC, presume-se que os atendeu com ciência de quem eram. Caso contrário, as supostas mudanças no esquema de segurança alardeadas em 2023 foram para inglês ver".
“A transparência precisa ser a base das ações do governo. Não é aceitável que reuniões com potenciais criminosos sejam tratadas como normais em um órgão que deveria combatê-los”, afirmou a líder do Novo, deputada Adriana Ventura (Novo-SP).
Os deputados signatários do pedido reforçaram que o comparecimento do ministro é essencial para esclarecer os fatos e garantir que o Executivo aja dentro dos princípios éticos e legais.
Segundo eles, a confiança nas instituições públicas e a fiscalização rigorosa são pilares indispensáveis da democracia brasileira. O trâmite para a aprovação do requerimento em plenário é por maioria simples. Basta o presidente da Casa pautar o requerimento.
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NOVO 30