Omissão do procurador-geral da república (PGR), Paulo Gonet, durante a tortura psicológica usada contra Mauro Cid na delação do ex-ajudante de Jair Bolsonaro: foi por isso que o senador Eduardo Girão (NOVO-CE) solicitou o impeachment do PGR.
Foto: Eduardo Girão é o representante do NOVO no Senado Federal (créditos: Jefferson Rudy/Agência Senado).
Nesta segunda-feira (24), o senador protocolou o documento em anexo ao pedido de impeachment já protocolado contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que utilizou métodos criminosos para obter a delação de Mauro Cid.
Como pode ser constatado no vídeo da delação, o ministro ameaça prender a filha, a esposa e o pai de Cid caso ele não mude a sua versão dos fatos, o que levou o ex-ajudante a mudar seu depoimento.
"Eu pedi o impeachment do Gonet porque ele foi uma testemunha ocular de uma tortura. Ele estava assistindo tudo de camarote e não fez nada”, afirmou Girão.
O senador do NOVO destaca que o comportamento do PGR representa “cumplicidade com a arbitrariedade” de Alexandre de Moraes.
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Pedido de impeachment de Gonet por omissão na delação de Mauro Cid
A equipe jurídica de Girão anexou o documento contra Gonet em um dos chamados “super pedidos” protocolados pelo senador no ano anterior, solicitando o afastamento de Moraes.
O parlamentar afirmou que a acusação feita pela Procuradoria-Geral da República contra Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas está baseada na delação de um indivíduo que foi alvo de intimidação, com o objetivo de construir uma narrativa distorcida.
"A participação do Gonet ali, sem reagir, é, no mínimo, suspeita", declarou o senador. A seriedade desse cenário também levou Girão a criticar a postura do Senado, que tem se mostrado omisso diante das ações autoritárias que vêm ocorrendo no país.
"É assustador ver essa resistência do Senado em se manifestar contra essas arbitrariedades. Poucos senadores se levantam. Há uma certa conivência da Casa Revisora da República", ressaltou.
Eduardo Girão defende impeachment de Lula, Moraes e Gonet na manifestação de 16 de março
Além do tema relacionado a Gonet, Girão manifestou repúdio às ações do governo Lula e dos ministros do STF. Suas críticas concentram-se no tratamento inadequado dispensado aos presos políticos e nas recentes iniciativas de censura observadas no país.
Para ele, é imprescindível que o Brasil retome o caminho democrático por meio das mobilizações populares em defesa das pautas da direita, como ocorrerá nas manifestações de 16 de março.
Apesar dos recentes movimentos de autoridades dos EUA, como o presidente Donald Trump, para processar Alexandre de Moraes fora do país, Girão defende que não podemos depender de outros países para combater o autoritarismo do STF.
"Nós não podemos esperar que personagens internacionais venham resolver nossos problemas. A responsabilidade é nossa. Precisamos ir às ruas, pressionar e exigir mudanças, principalmente em relação aos presos políticos do dia 8 de janeiro e a um impeachment imediato de Lula", cravou o senador.
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O parlamentar também alertou sobre a delicada situação fiscal do país e seus potenciais impactos na economia.
"O governo está falhando de forma irresponsável, e essa falta de gestão vai quebrar o país. Precisamos de um impeachment imediato. Não podemos esperar até 2026?, concluiu.
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NOVO 30