Luiz Roberto e a redução da base do Governo

Em recente manifestação, o pré-candidato Luiz Roberto, declarou que o bloco do governo composto pelos partidos PDT, PSD, REPUBLICANOS e MDB, está unido em torno do seu nome.

Para um atento analista político, isso não passa de uma jogada esperta de Edvaldo, estratégia utilizada como forma de antecipar a consolidação de um nome avaliado como "pesadão", até mesmo por alguns aliados do governador.

A estratégia passa por tentar reduzir o entorno do governador, aos partidos, cujos líderes estão demasiadamente afinados com o prefeito de Aracaju, como é o caso do deputado federal Gustinho Ribeiro e o senador Alesandro Vieira.

E observem com quem Nogueira está tentando montar a isca para fisgar o governador: Gustinho que está "engolindo seco" (indicativo de que haverá troco), o apoio declarado pelo governador ao seu rival político Sérgio Reis, na disputa pela prefeitura do município de Lagarto. E Alessandro que sabendo que o projeto de Rogério Carvalho e de Edvaldo Nogueira é em direção ao Senado federal, parece sonhar com a oportunidade de disputar o governo, como candidato da esquerda.

A declaração de Luiz Roberto, anula as declarações do governador, que a todo instante, revela estar trabalhando pela unidade do agrupamento. E se Fábio estiver verdadeiramente buscando a unidade, deve continuar considerando na composição do agrupamento, todos os partidos que apoiaram a sua eleição para governador, todos os que efetivamente vestiram a camisa para que ele hoje pudesse estar ocupando a chefia do Executivo Estadual.

A quem interessaria reduzir a base aliada do governador, a apenas quatro siglas, não citando o União Brasil, Podemos e PP, como integrantes da base situacionista?

Caso embarque na estratégia do PDT, que aparenta ser de afastar da base governista, partidos que tiveram fundamental importância na eleição do governador. Mitidieri estará deixando de trabalhar pela unidade do agrupamento e passando a agir como cabo eleitoral de Luiz Roberto. Isso é diferente do compromisso de apoiar o nome apresentado por Edvaldo.

Para encontrar a unidade desejada, Fábio na condição de coordenador natural de um grande agrupamento, deveria exigir que Edvaldo viabilizasse política e eleitoralmente o nome desejado, para que aí sim, contasse com o apoio dele.

2026 é logo ali, e poucos apostam que Edvaldo Nogueira, Padre Inaldo, Alesandro Vieira e Marcos Santana, estarão engajados com o projeto de reeleição de Fábio Mitidieri. Até porque, o campo ideológico de atuação deles, recepciona oportunamente Fábio Mitidieri, mas não comportará o projeto político de Fábio Mitidieri. Mas há sintomas de que Mitidieri já esteja enxergando que a paparicação momentânea é pura conveniência, e que futuramente eles estarão em outra praia.